segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Beleza para todos

Helga Prime (7)-ok
Sucesso no Ceará, Helga Cosméticos consolida atuação e planeja a abertura de mais 11 lojas em 2012.


Não é de hoje que o setor de cosméticos é um dos que mais se expandem em todo o Brasil – no Nordeste, a taxa de crescimento é de 34% ao ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal (Abihpec). Aproveitando esta fase favorável, a Helga Cosméticos consolida sua atuação no mercado como um dos principais casos de sucesso de empreendedorismo no Ceará. E pensar que tudo começou de maneira praticamente artesanal, há quase 20 anos. “Minha mãe tinha um salão de beleza. Eu pegava os galões de xampu e outros produtos utilizados no salão, colocava em pequenos frascos, carregava tudo no meu próprio carro e saía vendendo de porta em porta”, descreve Alencar Júnior, Diretor-Presidente do Grupo Helga.
A vontade de prosperar era tanta que o empreendedor resistiu por anos à falta de recursos e de crédito. Até que as oportunidades começaram a aparecer. E a maior prova de que a administração da empresa tem sido eficiente são os resultados: a Helga Cosméticos detém uma rede de nove lojas, coleciona prêmios, reconhecimento, busca novos mercados e faz planos de expansão: deve ter mais 11 unidades ainda este ano.
Nesta entrevista exclusiva ao Jornal Diário do Nordeste, Alencar Júnior relembra detalhes da trajetória da Helga e aconselha: “Quem vai lidar com varejo tem que amar atender o cliente e gostar de tudo do ramo em que está atuando”, afirma o empresário.
 ➥ DIÁRIO DO NORDESTE: Como nasceu a Helga Cosméticos?
ALENCAR JÚNIOR: Em 1993, minha mãe tinha um salão de beleza na periferia de Fortaleza. Não havia essa variedade de marcas e produtos que temos hoje e eu vi a necessidade de vender fracionado. Eu pegava os galões de 5 litros de xampu e outros produtos de beleza, colocava em pequenos frascos, carregava no meu próprio carro, um Chevette, e saía vendendo, de porta em porta. Vendia em Fortaleza e até no interior, Itapipoca e Sobral. O produto que a pessoa usava no salão, usava em casa. Passei um ano fazendo isso, até que surgiu a chance de abrir uma loja na Rua Senador Pompeu, no Centro. Era um box de 9 metros quadrados, mas a localização facilitava as entregas. As dificuldades eram muito grandes, principalmente para conseguir fornecedores. A indústria não queria vender para mim, que era pequeno.
 ➥ E quando vocês cresceram e conquistaram nome no mercado?
Demorou uns 12 anos para conseguirmos. Em 2003 a gente começou a ter uma luz maior, já estávamos com quatro lojas. Foi quando investimos mais em mídia, para divulgarmos a marca. Muita gente conhecia a marca, mas não sabia que vendíamos cosméticos.
 ➥ Você teve visão de mercado para investir nesse ramo?
Na época em que começamos, havia muita procura pelos produtos, mas não existiam muitas marcas, nem lojas de cosméticos. No início dos anos 2000, as pesquisas diziam que esse ramo ainda teria 15 anos crescendo, aí percebi que tinha que ficar mesmo no negócio. Veio o crescimento das classes C e D, que nos rentabilizou mais. Aí foi tudo para a área de cosméticos, o pessoal compra mesmo, quer produtos melhores. O cosmético é algo que o governo considera supérfluo, mas todo mundo usa xampu, sabonete, perfume. Isso não vai acabar.
 ➥ Mesmo assim, é preciso saber trabalhar com o produto?
O fundamental do meu negócio é o atendimento. Se abrir uma loja de cosméticos e deixar no autoatendimento, quebra. Porque muitos produtos precisam de explicação. Como a variedade é grande, há ruptura, falta de produtos. Tudo isso precisa de serviço, é preciso saber vender. E o próprio consumidor está cada vez mais exigente. Tem que estar antenado, treinando a equipe de vendas.
➥ Quais são seus conselhos para quem pensa em se tornar empreendedor?
Quem lida com varejo tem que amar atender a pessoa, amar vender aquele produto, tem que gostar de tudo do ramo em que atua. E com as ferramentas que o mercado possui, tem que saber se o capital que ele dispõe vai aguentar a velocidade do negócio. O empreendedor tem que ser mais cauteloso e competente.
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